São portas que estão fechadas e pelas quais passamos qual fora a escuridão, ignorando-as. São portas que de tão encerradas o receio tolda-nos a percepção do que pode estar para lá.
Portas atrás das quais fechámos, sem olhar para trás, cortes de decepção, confiança dizimada, possibilidades de acreditar. São portas cujas chaves deitámos ao vento e por mais que possamos querer que voltem, não temos capacidade para as agarrar e focar-nos na fechadura.
As portas tornaram-se maciças, pesadas, ergueram-se alto. São invisíveis partes de nós.
Comentários