Acordámos cedo.
Fizemos atípico brunch madrugador com sumo fresco, fruta, panquecas, pão ainda quente acabado de comprar, com manteiga, queijo e Nutella. Bebemos café, em paz, numa manhã quente, enquanto ouvíamos os pássaros no jardim ainda deserto numa lenga lenga apaixonada.
Zarpámos para uma praia a mais mais de 45 minutos de distância, onde sabíamos que estaríamos a salvo da afluência de veraneantes de Outubro. Eu, carregada de livros, moleskine, lapiseira e óculos de sol. Tu, a fazer coro às músicas que passavam no rádio.
A água estava quente. Passámos a manhã entre mergulhos. Almoçámos na barraca de praia, que prolongava o seu trabalho há mais de 15 dias. Vieiras gratinadas. Salada de frango para ti. Hamburguer para mim. Sangria para dois.
Dormiste a sesta à sombra do toldo alugado e eu devorei o meu livro, com creme protector no rosto, no corpo, spray protector no cabelo. Estou coberta por um manto protector de alto a baixo. Já não sei viver sem ele.
Regressámos com as roupas molhadas de sal, num por de sol prematuro, queimados pela moleza, pela luz que desaparecia, pelo feriado que findava, pela liberdade que nos assiste, pelo som do mar que ficou no ouvido.
E porque somos felizes.
(2011)
(2011)
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