Nem sempre as cartas que nos dá uma mão, permitem que ganhemos o jogo. Rainha de espadas, rainha de ouros, rainha de paus, rainha de copas. Poker. Basta um Ás e o baralho desmorona-se. Naipe cortado com violência.
Nem sempre o que as cartas leem é uma transposição da realidade. O nosso livre arbítrio escapa ao que dizem as coordenadas. Não há magia.
Nem sempre nos chegam cartas com uma declaração ou palavras que queremos sussurradas entre beijos. Já não se escrevem cartas. E os afectos são medidos, controlados e contidos para que ninguém se exponha a ninguém. Nem mesmo numa folha de papel na qual se prende em fina caligrafia um impulso, um querer, o desfiar de carinhos.
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