Avançar para o conteúdo principal

Afastem os electrodomésticos

Oito horas na Loja do Cidadão não haviam sido suficientes. Oito horas para fazer um miserável cartão de cidadão. O sistema lento, qual ritmo subsahariano, aparentemente com falhas informáticas, tentava os instintos agressivos de qualquer sanidade mental. Um número antes do meu, o sistema morreu de vez. Um dia inteiro perdido, de uma inexistência absolutamente inútil, sem qualquer consequência e os nervos em franja. Informações pertinentes, em tempo real, não existem em espaços de atendimento ao publico. Ninguém sabe nada (é um falha nacional restrita a Lisboa, faz sentido ir a outro sítio?), ninguém avisa, nada. Só estamos ali para esperar, refilar, mas baixinho para não incomodar ou voltar no dia seguinte. 

Depois de um dia inteiro de loucura informática para começar o fim de semana, desde ontem o email deixou de funcionar. Porque as credenciais de autenticação não são reconhecidas. Segundo a Zon, a minha conta não existe (oi?) apesar de receber emails. Como sou Apple coherent, ligar para a PC Clinic por causa das configurações. Mas que não, não, não tem a ver com as configurações, porque é comum ao telefone, iPad, ao mac, nem o webmail reconhece a password, é pois um problema do servidor da Zon. A primeira linha da Zon desconhece qualquer problema de servidor. E eu farta de os ouvir. Estou com otite, com dores de garganta, estou farta de stmpa, de passwords, de problemas técnicos, e continuo sem que nada funcione, sem que resolvam alguma coisa. Até amanhã as 11:07 (precioso), alguém vai ligar.

Para rematar, a minha conta da ICloud foi desactivada. Porque não sei as respostas as perguntas de segurança. 

Se virem um microondas a voar, não se surpreendam. Fui eu que o liguei. Quando queria apagar a luz. 

Comentários

Unknown disse…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Pedro Almeida disse…
Isso é mesmo coisa do servidor da ZON, o meu email esteve intermitente, ora não reconhecia a password, ora já voltava outra vez. Mas já normalizou.
Quando é assim, o melhor é não mexer em nada e esperar que volte à normalidade.

A minha solidariedade :-)
Mónica disse…
Obrigada Pedro Almeida. Estou numa fase em que sinceramente qq manifestação de solidariedade é deveras apreciada.
Pedro Almeida disse…
Mas já está resolvido o problema?

Pronto, pegue lá um beijo de conforto para juntar à solidariedade.
ana disse…
"não HAVIA" e não "não HAVIAM"

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun