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A mostrar mensagens de agosto, 2017

Da pressa

Abre mais uma garrafa. Deixa o vento fresco desta noite morna acalmar a pressa que nos corre nos olhos.  Deixa o vinho repousar enquanto acendemos um cigarro e estico as pernas sentada no chão, com a lua como testemunha silenciosa e conivente.  Deixa a música deslizar em tom de pecado pela nossa pele como se fossem pontas de dedos a acariciar em semi círculos o pescoço, as omoplatas, a nuca, uma madeixa de cabelo rebelde que verbaliza desejo.  Deixa o demais silêncio tomar conta de nós e ditar o ritmo. Doce antecipação, suave tortura, força e vulnerabilidade, confortável desarrumação que nos varre em total arrepio.

Da revelação

Primeiro, é a voz. Que deixa cicatrizes. Esse natural tom que faz a pele estremecer sem que um dedo sequer tenha pousado nas costas arqueadas de antecipação ou no rosto pedinte de um toque.  Depois, o cheiro. Um aroma de terra, de quem contempla o céu desde o mar. Quem ama praia e tem sal no espírito.  E um sorriso que rasga sem vergonha, sem medos, com vontade, o caminho até aos olhos dela, genuín o de charme e calor, apetecível de desejo, único de criancice pura.  As mãos em constante rodopiar, a aterrar nela, trazendo-a para próximo, mesmo quando a viagem é longa, com carinho, cumplicidade e protecção como se ela fosse especial.  Mas no beijo, pousado no ombro, deixado cair com volúpia nos lábios, revela-se tudo. Sem segredos. Sem pudores. Aqui, agora. Já. Intenso. Como adolescentes felizes que fizeram gazeta à escola. Como adultos que trazem suave sabor de vinho tinto nos lábios. Intoxicados.

Dos assassinatos

"Descreve o que é gostar no teu vocabulário", insistia ele, à beira da piscina na noite quente.  "É ter o fim em mim, mesmo antes de qualquer começo. Gostar é ser assassina das possibilidades." E voltou a mergulhar, sozinha, nadando para longe. "

Do caos

Como se tornou tão difícil? Onde erramos? Foi apenas o contornar de Peter Pan? Crescer é assim? Socorro, prefiro a adolescência, o momento mais tenebroso de todo sempre. O desencaixe total. Mas pelo menos dai em diante havia de melhorar. As nossas vidas seriam uma corrida de F1 no Mónaco, sempre a abrir mas com uma vista do caraças. O motor potente das nossas capacidades, a leveza do carro sempr e seguro ao chão consciente da nossa força, o brilho da taça erguida várias vezes com espuma a embriagar-nos pelos nossos feitos, a sensação afrodisíaca de cortar a meta por nós, com o mundo resolvido e as certezas alinhadas na mente e no corpo.  Como ficámos tão insensíveis? Tão medrosos? Tão fracos? Tão inseguros? Tão incapazes de controlar as curvas que colhemos os demais neste desvario, só porque sim? Temos um capacete protector, fatos que nos sufocam mas nos amparam nos peões, mas mesmo assim não se corre para ganhar, mesmo que a pista esteja molhada e os pneus não seja

Da nortada

A cada golpe de nortada, ergue-te com mais força. Sempre que a onda é maior que o que esperas, atreve-te e mergulha. Sente o embate no corpo e deixa que a dor momentânea te desperte. Vem à tona com todas as defesas mais aguçadas. Aproveita o embalo da ondulação e aceita o frio na pele.  Estarás mais fora de pé mas arriscar faz parte de ti.

Praia do Barril

- "Onde vamos?  Sem rumo seguindo os instintos ou quedamo-nos aqui em violenta combustão dos sentidos? " - "Apenas estar contigo e deixar o mundo rolar fora do nosso ritmo e de nós, sem que pertençamos."

No regrets

Always (always) walk alone.  Follow your instincts.  Trust no-one.  Show no tears. No regreats. Never skip a beat.

Da vontade

Sou feliz contigo. Deitados no sofá, a ler num silêncio cúmplice.  Sou feliz contigo. Quando te ouço respirar tranquilo, encostado a mim, enquanto dormes, e mal me mexo para que não despertes.  Sou feliz contigo. Sem pressões, lado a lado no jardim, sob as estrelas, encostado a mim, sem medo, entregue a mim, como se não passasse nada e tudo acontecesse, em simultâneo, em plena colisão dos sentidos.  Sou feliz contigo. Nunca recuámos, nunca escapaste em fuga acelerada, não me obrigaste a uma frieza distante.  Sou feliz comigo. Também porque existes em mim.

Da cobardia

Não queria que ela fosse. Como lhe dizer? Que a via a fazer a mala, colocando a roupa de forma desordenada, e já sentia saudades daquele caos de que ela deixava rasto?  Perdia-a, assim, de forma fácil, sem saber como puxá-la até si, arrebatá-la do modo intenso como ela encarava tudo na vida. Incapaz de fazê-la sentir que ali não havia ruido, apenas os seus gemidos; não existiam duvidas, pois estava seguro que a queria nos seus braços; que não pairavam inconstâncias dado que partilharia com ela os seus anseios e juntos se apaziguariam. Não queria que ela fosse mas faltava-lhe a força demolidora da desarmante genuinidade dela.  Nunca tinha tido coragem e era disso que ela fugia.

Salema

Arrisca-te.  Diz não, porque sim.  Ri-te, com saudável intenção.  Ignora.  Aproveita, com intensidade.  Vira as costas. Abraça sem pudor.  Desafia-te.  Puxa o tapete.  Protege-te.  Deixa sol escaldar a pele enquanto mergulhas.  Prefere tinto, sempre.  Dança, sem parar.  Queda-te em silêncio. Mas não te cales.  Exige.  Dá. Dá-te.  Agradece. Não expliques.  Não esqueças.  Não mostres as lágrimas. Mas emociona-te com tudo o que te faça pulsar

Dos tectos

Portas de aço, imperturbáveis. Sorriso solto, ainda que implacável. Um olhar que vê mais além, sem confiar. Asas que giram de forma livre, sem voltar atrás. Promessas ignoradas porque não serão cumpridas, são apenas palavras ocas. Tectos altos que não limitam e através dos quais a imaginação corre solta. Imparável.

Da lembrança

É quando acordo cedo e bebo o primeiro café da manhã, ainda o sol desperta, e já espero o dia que se aproxima, sentada na varanda, apenas com a companhia confortável da solidão.  É quando, de repente, no carro, numa loja, numa sala de espera, ouço aquela musica que enchia o quarto quando tudo desabava em caótica rebelião.  É quando as noites frescas começam já a pedir camisola e um abraço suave, no  silencio de um sofá, com atenção presa a um livro e a ausência de caricias no cabelo.  É quando me lembro de ti. De nós. Do que eu era quando tu existias. De como tu vivias em mim. Do modo como entrelaçamos, em seu momento, as nossas mãos e a nossa calada cumplicidade.  É quando custa mais já nada ser real.

Da ida sem regresso

Tudo o que ela queria era um bilhete de ida sem regresso. Aplacar a urgência com um outro percurso.  Alimentar a sofreguidão com novas paisagens. Ter em si todas as possibilidades perante o desconhecido.  . Mover-se. Abandonar-se ao que pode ser. E fechar o que foi. Ir, sem volta.

Do ser livre

Ela não deixa que ninguém determine o seu caminho. A estrada é sua e a ausência de mapas é decisão natural. Intrínseca.  Ela nem sequer escuta o que lhe dizem quando a julgam. Ignora juízos de valor que ela própria não aplica a outros e segue-se pela sua bússola de respeito por si.  Ela vagueia, solta, talvez feliz, solitária, grata, por entre uma imensidão de pessoas diferentes, territórios desafiantes, cómodos, difíceis mas com paisagens únicas.

Das asas

Ela tem asas.  A força dos seus pensamentos divagam com desordem, desejo e inspiração e impelem-na a um mundo alternativo só seu.  Ela não tem grilhetas, há soltura nos movimentos, palavras e olhares, em busca incessante por algo mais. Nela não cabe a banalidade, um dia igual ao outro, a cadência das rotinas esmaga-lhe o raciocínio e o sorriso.  Ela é o oposto de si mesma, como se lhe mudassem as estações do ano durante o dia, entre o sol abrasador da vontade e o negro invernoso carregado da frustração.  Ela tem asas e voa, cada vez mais, para longe.

Do querer

Ela não queria uma vida comum.  Queria gargalhadas profundas e silêncios cúmplices. Queria que a abraçassem no sono e ocupar só por ela toda a cama.  Queria música alta e rodopiar desenfreadamente mas também a quietude e calma de um sofá e de um livro.  Queria chá fresco logo cedo e vinho madrugada a dentro entre confissões e cigarros.  Queria espaço, pessoas, desprender-se do mundo real, mas sem deixar de recolher-se à solidão e sestas, abandonada ao seu cansaço.  Queria fogosidade e o inesperado, arrojo e coragem, riscos e decisões.  Uma vida em paixão, pé a fundo, renovada em cada dia.

Fatalidade da terra de ninguèm

Ela não gosta de sombras. É de sol, de luz, mesmo que acolha em si um lado negro.  Recusa perante um "talvez", pois dá o sim tão naturalmente como dá o não, sem receios nem complexos.  Não concebe a indecisão, o flutuar vazio do nem vai nem fica.  Tem dúvidas, inquietações, porém o limbo da terra de ninguém é-lhe fatal.  Não concebe viver atemorizada com fraquezas, e é a continuada força a sua maior vulnerabilidade.

Do acreditar

Ela não acreditava em almas gêmeas, poções mágicas ou na cor rosa.  Acreditava na intuição, instinto, nas feridas suturadas pelo passar dos dias.  Acreditava na aridez, a dureza do tempo que se havia fechado em si, na beleza crua de olhares imperturbáveis e palavras implacáveis.  N ão acreditava em regressos. Quem parte, não voltará para o seu providencial regaço.  Acreditava em construir, refazer-se, renascer se necessário, com nova pele, mais impermeável. Menos submissa ao toque.

Das regras

Ela não conhece regras que lhe cortem os impulsos. O cabelo oscila com vida própria ante a sua peremptória maneira de estar.  Ela não conta com quem sonha porque engana as noites com as suas certezas e não há espaço para castelos de areia.  Ela cai sempre de pé por mais que diste do chão.  As regras são as que a sua pena dita, na espuma de cada despertar.

Do como é

É como uma explosão de petazetas na boca.  É como o sol de fim de tarde que invade a janela rasgada de uma casa lisboeta.  É como acordar de madrugada e ouvir o mar na sua solidão robusta.  É como os primeiros dias de outono quando se usa chapéu e se volta a ser a criança que usa chapéu para brincar aos adultos.  Uma inundação de alegria pueril que me preenche, me reconstrói, me equilibra, alimenta a gargalhada solta, por tu existires.

De se ser

Perpétuo estado de paixão que se mistura com alienação. Tendência para o abraço que se cruza com a distância. Esta luz que não trava a frieza. O reino de contradições de ser eu.

Da arte de viver

Não crescer é um truque de insanidade saudável.  Manter o olhar traquina, o espirito irrequieto, o pensamento matreiro.  Um sorriso despudorado. Uma curiosidade sem fim.  Aguentar as intempéries com a determinação de que, mal ou bem, as coisas resolvem-se, com maior ou menor tormenta e feridas que pulsam, em carne viva no interior de nós, invisíveis aos demais.  Estar sempre em apuros é uma arte de viver.

Do ser aquário

Ela despiu as dores e deixou-se estar no banho de imersão, perdida no jazz que ecoava.  No chão, atiradas sem cerimónias, as ausências, as constantes chegadas de quem parte logo sem ficar, a rebelião continuada contra o desencaixe e incompreensão, a falta de sentido de pertença.  Fechou os olhos e agarrou-se aos flashes dos acasos bons da sua vida para quebrar a insatisfação. E sentiu o contentamento de ser ela própria e deixar-se fluir assim, completa.

Da sedução

Ele desconstruiu o seu mundo com a paixão de entrar no universo dela.  De mansinho para não a espantar do seu modo de alerta, constante, mas cadente para um voluntarioso arrebatamento, face à urgência de a ter.  Ele assumiu um lado seu que desconhecia no momento em que ela fixou o olhar nele e não desviou o misto de demónios com estrelas do mar.

Dos sentimentos sem prazo validade

Quanto tempo pode durar um sentimento? Entre o momento em que nos atinge como um raio e sabemos que algo no nosso interior se quebrou, para que haja espaço para este imenso querer, ou para irremediavelmente não voltar ao lugar e permanecer danificado.  Aquele momento que sobrevive a meses, anos, décadas, a vidas díspares, a caminhos que se afastam, a oceanos que se atropelam, a palavras ora cortan tes e duras, ora quentes como uma paixão que teima em não esmorecer apesar de que de crianças já fizemos a árdua viagem para adultos. Como se apaga esta vastidão de emoções que se somaram como uma torre e apesar das investidas e do risco de desabamento, não cedem? Desejo, gostar, raiva, admiração, impaciência, conforto, exasperação, vontade de ser invisível ou de provocar até à exaustão.  Gritos que se quedam mudos perante a indiferença e desperança.  Podemos abater algo que nós próprios construímos e se fixou no mais recôndito de nós.

O que somos

Somos sal, sol, risos, energia, frases embriagadas, corpos que dançam, palavras sábias com olhares tontos.  Somos paixão que queima, chuva que arrebata, desejo que estala sob um toque subtil, somos vento que espalha raiva, loucura.  Somos cabelos que teimam manter-se desalinhados.  Somos instantes.  Não somos precários como nos tentam reduzir.

Do cepticismo

Ela vivia, intensamente. Contemplava. Mergulhava. Ria. Aquietava-se no seu canto. Fazia um carinho. Apressava-se. Escutava. Dizia palavras que doíam. Tinha curiosidades e desapontamentos. Paixões. Silêncios. Tinha os olhos cheios de vontade. Ela, somente, não acreditava.

Da renuncia ao talvez

Ela não gostava de equívocos. Não entendia semi palavras. Não jogava para meios nadas, ou talvez tudo.  Não acreditava em magia, nem nas artes do desaparecimento súbitos, nem em religião, muito menos em aparições inflamadas.  Não concebia ausências hostis, mudas, secas, e não aceitava reentradas grandiosas quase magnânimas com palavras versadas em gerir seduções várias e simultâneas.  Não conseguia conviver em filmes em câmara lenta. Era-lhe mais forte a sua falta de interesse sobranceira por personagens tão iguais, na verdade tão pouco livres, tão redutoras.

Dos que são o nosso mais

Na errática inquietude dos dias, mais próximos estamos de quem dá brilho, colorido, arrebatamento, trégua, às nossas caminhadas.  Sem os que valem a pena, sem os que estão, seríamos menos, incompletos, não chegaríamos tão longe pois eles são o bálsamo que nos nutre.

Das entradas apaixonadas

"Quando chegar, toco à companhia. Gosto que me abras a porta e me abraces logo ali."

Dos acordares

"Se chegares tarde, sem problema. Acorda-me."

Do amor de sempre

Quem gosta de despedidas? A falsa ilusão da efemeridade quando na verdade são como cartas que se gastam com o tempo, perdem a cor, tal é a força do adeus.  E, no entanto, havia que despedir-se. Daquele tom de pele moreno, mais acicatado pelo sol, mais profundo de qualquer angulo que se observasse. Os olhos densos, negros, com a ironia a bailar, duros, que vacilam perante o inesperado ou se ilumin am enquanto a criança submerge. A boca doce, capaz de desferir golpes dolorosos com palavras, e de beijos insanos de fazer esquecer o onde e o quando. O corpo quente, magro, que se funde com naturalidade, num entendimento obvio, com tatuagens que tremem as pernas. O toque conhecedor, temerário, meigo e senhor de si, vagando entre marés vivas e água calma.  Mas era o raciocínio, veloz, o fio de pensamento, mordaz, douto, escorreito, critico, ferido, cheio de sombras não admitidas, de seguranças que se podiam desmontar, tão assassino como audaz; era o rasgo de inteligência que esm

Dos riscos

"Gostar de ti é um risco. Ainda bem que sou louca."

De apenas nós mesmos

Pode ser paixão, sem pudor.  Pode ser vontade, sem travão.  Pode ser intranquilidade no corpo, em transe.  Pode ser despertar dos sentidos, em conversas acaloradas noite dentro.  Podem ser confidências, soltas pela segurança do visor de um telemóvel.  Podem ser cautelas, insanidade, silêncio, amor, cumplicidade, afecto até.  Mas, no fim, só podemos contar connosco. Pode ser tudo mas será sempre um jogo de ilusões.

Volta

"Ainda não saíste e já sei que vou ter saudades. Isso é bom. Quero que voltes."

Do estar feliz

E depois há dias que no meio do caos, das coisas que correm menos bem, de dores, sentimos que de facto em nós reside felicidade. Caminha-se com outra leveza, com passadas afirmativas, com cabeça erguida, altiva.  As pessoas que nos rodeiam, os momentos, são como saltos de trampolim, cada vez mais alto, mais solta, mais risadas, mais livre, tão mais que tudo o resto. Genuína. Agradecida.  Estar feliz é como ser regado com água fria num dia quente, apanha-nos de surpresa, inebria-nos, atenua o desconforto na derme e desperta-nos para os sentidos. Sozinhos. Acompanhados. Não interessa. É nosso. Dás e retribuis.  E existe felicidade em nós.

Das ideias

"Hoje cozinho eu...  Vês, posso sempre ter ideias piores que as do costume...  PS. cozinhas tu! Óbvio!"

Easy as a sunday morning

Domingos de manhã, pequenos almoços de panquecas. E voltar pra'cama.

Da explosão

Depois de terrenos tortuosos, há o momento em que nos estabilizamos e seguimos o caminho certo.  Depois de dias áridos, sem fulgor, a energia está em nós em todos movimentos, em cada vontade.  Depois da exaustão, dançamos possuídos pela liberdade e pelo prazer da música no corpo.  Depois de um domingo, vem uma nova semana - tanta coisa pode acontecer, tanta força à espera de ser despertada; e mesmo os dissabores são pausas para reequilibrar e seguir em frente.  Com uma explosão,

Das intermitências

Esperava-a do outro lado da rua. Sabia que a veria, sem se aproximar, e seria tarde de mais, mas impossível de conter o frio da ansiedade que o paralisava.  Nunca lhe dissera. Pusera entraves. Criaram-se circunstâncias que permitiram adiar a dança. Não tinha que mostrar-se, definir-se, para ter acesso ao riso solto e aos olhares conhecedores e aquela serenidade de se encostar a ela.  Ela passou, esquiva, forte, solitária, e era mesmo assim tarde de mais.  Ela esgotara-se dos talvez, das ausências, das intermitências.  Fora imaturo, ambicionara o banal quando podia ter apontado para o genuíno, completo, o Big Bang. E agora era tarde de mais.  Ela fingiu que nem o vira.

Non-stop

Mode: on-repeat. Na tua casa ou na minha?

Shower Me

Hoje. Depois do ginásio. Temos um date.

Das 5ª Feiras

Quinta-feira. Prefiro tinto. Douro. E um sofá. E velas.

Do genuino

Via @gigihadi Com naturalidade genuína, dás-me o conforto de um abraço que é cama, abrigo, mar.  Com genuíno desapego, dou-te a mão e o choque eléctrico, a cumplicidade e a confiança.  Não há espaços negros, dúvidas, receios. Sou eu, contigo, encontramo-nos e num ponto de luz somos os 2, genuínos.  Sem expectativas, sem pressões, com calma para saborear, para viver o encanto, para discutir com ferocidade e rematar com beijos completos de paixão. Genuínos.