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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

o homem que matara a música

A luz iluminava cautelosamente a lamina a raspar a pele do rosto ainda novo mas envelhecido no espelho a sua frente. Fazia barba de modo lento, não por medo de cortar-se mas porque de manhã nada conseguia fazer a outro ritmo. Levantava-se maquinalmente com uma dor nas costas, tensão lancinante nos ombros que mal lhe permitia equilibrar-se naqueles primeiros momentos vespertinos. Em pé cerrava os olhos, deixava cair a cabeça já cansado e buscava no modo de estar alienado forcas para tomar banho e começar mais um dia. Era como se fosse prisioneiro e marcasse na parede a contagem dos dias. A diferença é que a prisão era a sua cabeça, os dias passavam mas não tinha expectativas de liberdade e o crime que cometera fora contra si mesmo. Com a barba feita, lavou os dentes e em seguida vestiu-se de forma desapegada, como se caminhasse para o vazio. Comeu, por necessidade e não por fome, em silêncio, na cozinha branca e perfeitamente limpa. Não queria acordar a mulher, em paz ...

Quando...

Quando ris, o mundo pára. O meu mundo. O único que conhece. No qual me sentia segura. Agora duvido. Fraquejo. Hesito. Mas sigo em frente porque algures estás tu e porque não posso ficar aqui parada quando te posso encontrar. Quando ris, iluminas a sala por muito escura que esteja a noite. Por muito frio que seja o vazio que nela reina, rapidamente, é colorido com a expressão que de ti sai com a força destruidora do teu sorriso. Quando ris, apetece-me reter-te assim. Colar-me a ti e partilhar essa tua alegria. Deixar que a tua música me console o silêncio de outros momentos, deixar-me inspirar pela forma como seduzes o som que enche o pouco espaço livre que há entre nós. Quando me tocas, a lua baila lá em cima tão perto de nós, revelando o meu rosto perdido em ti, rosto descoberto pelo cabelo que afastas de modo decidido. Sinto que esse toque me anestesia o corpo que fica preso àquele segundo em que renovamos o olhar. Quando me abraças, o teu calor contagia-me a vontade e eu quero sem...

All we need is a bra...

Desde tempos remotos, sou louca por lingerie . Ainda me lembro do 1º soutien lindo, azul bébé . Como fanática, desconfio de 2 tipos de pessoas: 1) as senhoras gajas que não ligam nenhuma à roupa interior (e já não falo das que não usam!) e combinam soutien preto com cuecas violeta com flores amarelas (PAVOR); 2) homens que não oferecem lingerie , porque não sabem escolher, não percebem tamanhos ou ignoram a importância deste item, esquecendo-se que antes de 1 soutien saltar, esteve naquele corpo, portanto é mt importante para a dona do corpo em questão. No 1º caso, meninas ... a lingerie é a coisa mais próxima do vosso ser. Ainda que deva ser confortável, tem que ser gira. Não precisa de ser Agent Provocateur ; ou estilo prostituta francesa do inicio do século XX mas que seja ... gira! Arranjadinha e limpa, não é suficiente. GIRA. Não por quem venha a vê-la, mas por vaidade pessoal. No 2º caso, um homem que não compra / oferece lingerie é um homem sem sensibilidade. Ponto. ...

Portugal: encerramos estabelecimento por não haver opções de salvação.

Lia outro dia numa revista a história / livro de uma americana recuperada de cancro que combatia a tirania do optimismo. Dizia ela que enquanto esteve doente, família, amigos e médicos queriam a forca que ela de animasse, pensasse positivo e reagisse com animo. E ela pensava: "dasse,  estou doente, cansada dos tratamentos e ainda tenho que fazer o esforço suplementar de me sentir como não me sinto por pressão dos outros?". Na sua opinião ninguém, por mt que goste da pessoa não optimista, quer estar próximo de alguém que não esteja sempre em modo "I love to be alive".  Ler o texto fez-me sentir, por fim, compreendida. Salve!!!  Mas o tema de hoje e outro: como reagir com animo e energia ao que se passa no castelo de cartas, chamado Portugal? Não sendo nacionalista, sinto-me confusa: somos europeus? ou estamos atropelados entre África e a América latina?  Temos: - 1 candidato a lider do Psd que e alto quadro de uma empresa na qual conviveu com 1 administrador acusado ...

Daí que digam que as mulheres são umas cabras umas pra' as outras...

Esteve fim de semana foi uma treta de neurose mas no fim de semana passado, estando eu fora de Lisboa, num sitio fantástico, mas já sem nada para ler, peguei na "literatura" de gajo que jazia do outro lado da cama e, por entre Playboys, Maxmen e afins, encontrei uma oldie que diz tudo sobre o titulo deste misero texto. Regressemos à MaxMen, em Outubro de 2009, crónica da Margarida Rebelo Pinto, "Guia para Divorciados", uma espécie de manual de sobrevivência para homens que acabaram de divorciar-se. A certa altura, a douta cronista, enuncia 5 regras para Não Voltar a Cair Noutra (até nem é uma má ideia, em termos pedagógicos). A coisa vai mais ou menos assim, e passo a citar: 1) "Não se interessem por mulheres desocupadas porque elas têm apenas uma missão: casar com um homem rico". Dando de barato algum realismo cientifico da teoria, a autora também é um bocado desocupada e, definitivamente, as suas protagonistas, não fazem um boi. Portanto, esta teoria...

esquizofrenia

Uma pessoa vai ali e já vem e, de repente, ocorre um desfile de paragens cerebrais, invariavelmente estranhas. A Gripe A até pode ter sido uma fraude mas de facto há qualquer coisa no ar, um vírus de tontice aguda, a afectar-nos. Ainda não estou recomposta de ver o meu “adorado” Mats Magnunson, apanhado pela PdI (ou grávido de trigémeos), num belíssimo espectáculo de futebol, só possível na Catedral. Com uma dupla cinco estrelas: Nuno Gomes & Micoli. Mas vamos a isto... Mas começamos logo bem, tipo piada assim de mau gosto… Portugal empresta €140 milhões a Angola. - Primeiro, temos €140 milhões em caixa, quanto mais para emprestar? - Segundo, o que vai a Isabel dos Santos comprar em Portugal com esse dinheiro? - Terceiro, o punch line, se emprestamos dinheiro a terceiros para esses terceiros nos comprarem, somos o quê: Credores ou Garantia? - Por fim, se formos comprados, nem juros nem as dívidas são saldadas, certo? É genial. Nem o Maddoff se lembraria de alg...