Avançar para o conteúdo principal

Gaja LITERALMENTE à beira de um ataque de nervos

Vamos começar já as hostilidades:
Se alguém mais, nos próximos dias, me diz que tenho que encarar a vida com optimismo e pensar que há pessoas com vidas muito piores que a minha, juro por Prada e Vuitton, que mando a pessoa, seja ela quem for, à merda (posso pedir desculpas MUITO a posteriori mas isso logo se vê).
Eu não estúpida, não preciso que me passem atestados de estupidez ou discursos paternalistas. Dá para uma pessoa estar à beira de um ataque de nervos e deixarem-nos em paz? Dias e dias, semanas, meses que não me ligam puto e de repente se estou chateada com o mundo, sou todo um rol de adjectivos que nem me apetece desfiar para não me irritar mais.
Tenho direito a estar com os nervos em franja. PONTO! E achar que o mundo me anda a lixar. PONTO.
Vá, analisemos as futilidades da minha vida que me deixam louca.
As revistas voltaram a faltar porque há 4 semanas, QUATRO, que o videoporteiro avariou e nem a merda do construtor nem a ineficiente comunidade de gestores de condominio consegue pôr ordem à coisa.
Que a maioria das pessoas não se importe de não receber as contas e os extractos bancários, é um problema deles. A mim, chateia-me, não... põe-me puta da vida, não receber durante 3 semanas a Time Out QUE EU JÁ PAGUEI! Ou não receber a Vanity Fair que vem de longe, de muito longe, e é cara. É um luxo, bem sei, mas isso é um problema meu, e não recebê-la por incompetência alheia desenquadra-me os chakras, além de que também já paguei o luxo, não andei a roubar ou a cravar borlas.
Provavelmente mais ninguém entende, mas pondo em termos de comum mortal é como pagar a Sport TV, esta não funcionar, ninguém querer saber, e no dia em que dá aquele jogo XPTO, chegar a casa e não poder vê-lo. Alguém entende agora a frustração e a vontade de partir coisas?
Dirão V. Exmas., eu posso reclamar. Poder posso, mas dava-me jeito ter os emails já trocados para poder escrever a quem de direito. E porquê não tenho? Ora bem, outra excelente razão... O meu PC tinha aquele problema crónico de desarranjo à nascença. Comprar outro estava fora de questão, cá em casa não era admissivel. Mandar pôr no PC Clinic também era argumento de gaja idiota que só gosta de gastar dinheiro. Almas caridosas oferecem-se para formatar o disco e ajudar a minha paciencia. Perdeu-se wireless, perdeu-se mais lá não sei o quê. O pc encarnou algures no Kuala Lampur... Puff!
Pior, o disco externo, aquele que eu tenho a certeza que instrui que sincronizasse com o disco rigido do PC em todas as mil e uma funções do computador, berrou, passou-se, flipou... PERDEU TUDO. Não posso reclamar com ninguém, não posso pedir que me reenviem coisas, não posso aceder a um texto meu, as fotos foram-se, o ITunes voou para outras paragens.
Querem mais?
Operada aos olhos, pelo Dr. João Pinheiro, que supostamente fez um bom trabalho, não preciso que me digam que estou gorda. EU SEI, parem de mo dizer como se as palavras mágicas me acordassem do sono e me atirassem para o sacana do ginásio a pedalar sem fim e transformar-me, como milagre de Lourdes, em top model versão 1,63m. Eu sei, vocês sabem. É suficiente. Tenho direito a ter dias em que convivo menos bem com isso e NAO PRECISO DE TEORIAS PATERNALISTAS, muito menos vindo de quem seja magro.
E usar o argumento de picar o touro para ele desatar a correr, é um bocado cretino. E infantil. Caso não percebam ou não se lembrem, tenho uma experiência ampla de levar tareia na autoestima, diariamente, no sitio para o qual me dirijo quando saio de casa, e feito por um verdadeiro profissional da crueldade: logo qualquer esforço para me encaminhar em direcção à luz por esses meios torpes e retorcidos, soam a mero amadorismo. E dá vontade de virar as costas e mandar um postal, um dia destes.
Não fazendo a apologia da vitima, só quero poder andar de mal com o mundo à vontade. Sem que me inflijam sentimentos de culpa porque não tenho doença crónica, ou não vivo no jardim. Esta ideia peregrina que temos que ser felizes à força e por comparação à desgraça dos outros, é uma coisa afllitiva. Todos temos que estar felizes porque está calor e os passarinhos cantam, e porque isso enche a maioria da população de um renovado estado zen?
Arre, não há pachorra para a obrigatoriedade do optimismo. Posso rir-me à vontade, mas chorar e espernear é que não. Que belissima ditadura social.
Agora tenho que ir ligar a Box porque demora um bocadinho a funcionar... automaticamente faz sempre reset quando a ligo. Lixada com a vida, quem euuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu?

Comentários

Unknown disse…
FOSGASSEEEE!! Já experimentaste whiskey do bom? daquele de malte? diz que funciona...

Mensagens populares deste blogue

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun...

Devo ser a unica mulher

Que gosta do Mr. Big. Pois que gosto.  Enquanto a Carrie era uma tonta sempre à procura de validação e de "sinais", a complicar, a remoer, ser gaja portanto, o Mr. BIG imperfeito as may be era divertido, charmoso, sedutor, seguro (o possível dentro do género dos homens, claro), pragmático.  E sempre adorou aquela tresloucada acompanhada de outras gajas ainda mais gajas e mais loucas.  Fugiu no dia do casamento? Pois foi. Mas casaram, não casaram? Deu-lhe o closet e um diamante negro.  Eu gosto mesmo muito do Mr. BIG. Alguma vez o panhonhas classe media do Steve? Ou o careca judeu que andava nu em casa? Por Sta. Prada, naooooooooo! 

Da invasão

Amei-te assim que te quis. Senti-me presa a ti assim que soube que estavas na minha vida. Desejei-te todos os dias desde que me invadiste.  Soltaste-me a curiosidade.  O inesperado.  Enches-me de alegria. mesmo quando não sei o que fazer contigo, como agir, como ser o meu melhor; e ainda assim ilumino com a tua presença. Sou a mesma mas numa versão upgraded.  Esperei-te, queria-te. Há toda uma aventura que nos guia.