Avançar para o conteúdo principal

Papoila Saltitante em delírio...

Sou benfiquista desde que nasci. Não tive opção. Não porque me foi forcado mas porque era-me natural. 

Na altura, quase há 3 décadas e meia, era possível ser-se sócio antes de se ser português. Deve ser por isso (e por"n" razoes racionais) que o Benfica e a minha selecção e a selecção nacional não me diz nada).    

Em casa respirava-se benfiquismo. O pai era doente. Se o Glorioso jogava mal ou empatava, não jantava sequer. As derrotas eram sofridas a 3. 

Ia para o antigo estádio da luz, para o relvado, com pouco mais de 4 anos jogar com umas bolas coloridas pequenas. Ia aos jogos pela mão do pai, nem conseguia ver o esférico de tão pequena que era.

No liceu, ia-se ao Talisma ver os jogadores tomar o pequeno almoço (ainda não andavam com pochettes LV, afianço-vos). O clube das antas começava a ganhar preponderância, doía mas o velhinho cachecol ia quinzenalmente ia a bola. 

Fui eu que recebi a águia de prata de sócio do pai. Foi 1 orgulho. 

Quando o meu adorado Luisao marcou contra o Sporting na Luz, estava la. Por causa de um problema de saúde não dormia ou comia há quase 2 dias e a celebração foi surreal (e literalmente dolorosa).

Quando o campeonato foi ganho andava em Nova Iorque de ferias e o cachecol foi na mala. 

Ser do Benfica não se pode explicar. Sente-se como uma forca. Faz parte do ADN e compõe a alma. 

Nas vitorias, nos falhanços, nas mas escolhas, nos erros, na magia do voo da águia, vibra-se com intensidade. Não e ser de um clube, e ser um clube. 

Mesmo quando tudo esta mal, se o Benfica joga aquela magia toca-nos e pode fazer a diferença (mesmo quando ainda ficamos piores LOL).

Obrigada SLB Glorioso SLB.  

Comentários

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun