Avançar para o conteúdo principal

O varão

Há dias em que acordo e penso: queria ter corpo de stripper. E ser casada com um cromo da bola. Daqueles que ganham mesmo a sério.

Ou de um gajo corrupto mas daqueles que nós sabemos que nunca irão presos (mesmo que sejam, que os bens nao sejam arrestados, tipo Dias Loureiro, Rendeiro, e afins... menos o Rui Pedro Soares que esse tem um ar de anormal tão grande que acho mesmo que tem sérios problemos de atraso mental que todos calam).

Há momentos em que apetece esquecer a dignidade, a que ninguem dá mesmo importância, em troca de descanso. De poder acordar tarde numa cama king size com vista para o mar, o pequeno almoço já posto na mesa, dar umas braçadas na piscina e 2 horas de treino personalizado. Seguia-se massagem, compras, lanche na esplanada com livro, ir ao museu, á noite ao teatro ou à ópera.

Viajar, conhecer sem fim, visitar exposições, beber conhecimento, descobrir ruas pelas quais nunca ninguém se deteve a observar.

Estou tão farta de levantar-me cedo, de ter que ter força de vontade para superar obstáculos, de me preocupar com resultados, de gerir os comentários ao meu peso, de ter que ter dinheiro e energia para ir ao ginásio, contornar a apatia e ou correr ou caminhar ou socializar, de estar bem disposta, alegre, sociável.

Quando só quero estar metida na cama e dormir, dormir, dormir.

A culpa é de não ter um varão. E não ter corpo de stripper. Seria mais feliz!

Comentários

Anónimo disse…
Corridas Na Cidade...mais não digo!!!
bolota rabina disse…
Epá, isso é tudo tão verdade, tão verdade q até doi... Pq raio nos criaram com principios morais e integridade q não nos servem para ter nada do q descreves? A dúvida que me assola há um bom par de anos...

Mensagens populares deste blogue

I used to love it...

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Ally Mcbeal, biches!

Deve ser do calor. Certamente. Assim de repente, não estou a ver como se explica o meu nível de intolerância ASSASSINO.  É segunda feira, passei o fim de semana a dormir ao som da ventoinha, escapei-me à onda de calor entre muito sono e dores de cabeça, mas à segunda feira as coisas compõem-se, há um regresso da penumbra à civilização, e a coisa vai.  Mas há pessoas que me tiram do sério. Por muita boa vontade que eu possa querer ter, por muita compreensão que estes tempos estranhos nos exigem porque todos enfrentam momentos complexos nas suas esferas pessoais, por muito que entenda que o cabrão do Mercúrio está retrógrado, é pá, não dá. Há limites!  Há "gente" cuja soberba, vaidade, vontade de se mostrar e de se armar na puta da desgraçadinha da Cinderela me põe louca. Põem-se em bicos de pés para estarem sempre visíveis qual estrela de TV, rádio e revista  mas depois é tudo um drama, a quinta essência da vitima sofredora. Todo um  reality show ...