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Passeio pelo Chiado

Corre uma brisa. Pelo menos no lado mais próximo do rio.

A cidade parece varrida de autóctones, dado o fim de semana prolongado e feriados, e tem uma amostra simpática de turistas plasmados em fila para o elevador da Glória.

Ainda estou triste com o encerramento da Panificação, sitio que adorava. E apesar de até gostar da Tartine nada substituirá a qualidade e tradição panificadora do sitio. Muito menos a Kayser que tem um serviço por natureza mau: lento, descoordenado, atrofiado, e bastante aquém dos preços praticados independentemente dos produtos.

Curei as mágoas com um Smoothie Detox da Liquid e fiz-me ao caminho.

Abriu uma Zara Home. Gira. Falta a desejada Uterque. Mas o positivo mesmo: a descoberta na Muji das canetas apagáveis. Oh coisa mái rica! Escreve-se e com a borracha da tampa, apaga-se. Clap Clap!



No sobe e desce, de Keds, que os sacanas dos All Stars fizeram-me uma bolha de sangue, ganho consciência que das poucas calças que me servem, e por tal uso e torno a usar, estão de novo, em processo de auto-destruição. Fartas de me aturar. Se elas se suicidam de vez estou tão lixada que não sei por onde começar.

E dia 22 de Setembro tenho um casamento. Por este andar, e como faltar não é hipótese, vou de pijama. E com muitos Valiums.

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