Avançar para o conteúdo principal

Crónica de uma Loucura Anunciada ≠ 5

1. Tentam enganar-nos com a putativa redução despesa publica, mas a CP vai ter 7 carros novos na frota. 2. Os juízes, que aplicam a já de si intrincada, complexa e arcaica justiça, advogam que há mínimos salariais abaixo dos quais é-lhes justificável ser corruptos. 3. Marcelo Rebelo de Sousa tem a derradeira ego trip e faz um videoclip confrangedor para exibição na Alemanha (tenho vergonha só de pensar em quem possa ter visto aquilo) e ainda acha que há "excesso de zelo" germânico (fora da grelha de programação TVI é a chamada noção de ridículo). 4. O pais agita-se em indignação pelas questiunculas entre os seres braindead que habitam numa cada fechada e animam os serões dos pobres de espírito que consomem este peep-show. Mais sorte ser puta e honrada do que ser audiência de baixo nível. 5. O Sporting já ganha (!!!) mas numa gestão de equipas que se queira efectiva, a chegada do seu novo treinador, nas manifestações demonstradas para o exterior, é pautada por atitudes pouco adequadas, sobretudo no contexto em causa, to say the least. 6. Há um triste azeiteiro que juntou as orelhas à cabeça e está feliz por isso; ainda bem, o espaço ocupado entre as orelhas sentir-se-á agora menos solitário e fará menos eco; é cozy. 7. Portugal é o país em que se destila ódio, com a rapidez do vento e da falta de discernimento, porque há ignorância - ignora-se o conceito da metáfora e de como "bife" pode ser uma analogia. 8. Quem quer fazer politica pela diferença não pode só afirmar-se diferente porque anda de transportes, ou recusa subvenções: dizer que solidariedade ou acção social é "caridadezinha" é coisa "de fatos" e "tias de Cascais" para se manterem ocupados a fazer favores aos pobres e mantê-los nessa categoria é estupidez em estado puro de quem nunca levantou o cu para ajudar quem precisa, quem anda a raspar o couro no Bairro Alto, cerveja numa mão, charro noutra a vomitar demagogia; o BE nunca vai chegar a lado algum a sua noção de sociedade limita-se à Pensão Amor, ao Adamastor e aos sindicatos. 9. Por este caminho, Relvas nem conduzir, de facto, pode; apenas aqueles carrinhos tipo eléctricos para quem tem a 4ª classe. 10. Pobres, á deriva, na falência emocional colectiva, à beira da psicose, mas jamais ficar atrás dos outros: também temos as nossas Sombras de Grey, neste caso do Daniel V., para aquecer os motores das sopeiras tugas. Fodidos, por fodidos ... SIGA!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun