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Pedro Miguel, pior do que se poderia esperar

Em tempos de discurso de contenção e de austeridade, de subsídios cortados, de impostos em escalada, e de um primeiro ministro em comunicados live com ar sofredor e de quem não tem tomates para tomar "As" medidas (ai, ai, ai, que o protectorado partidário acabava-se-lhe), o Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo (que já começara bem com um "harém" de secretárias) é apanhado com as calças na mão. 

Ah, pois contenção e tal, mas o senhor ministro, privado do subsidio de natal, andava a aforrar para os presentes com o subsidio de deslocação de €1.500 mensais, quando possuía casa própria em Lisboa, apesar de ser de Braga. Sempre dava para uma jóia para a esposa, um LCD novo, um Ipad e outras coisas assim. 

Ora, num país de pessoas com vergonha na cara, e com sentido ético nos genes, o senhor ministro teria apresentado, nem que fosse sob coacção do Pedro Miguel, a demissão. 

Quer dizer, o primeiro ministro chega tarde a Massamá, para o jantar, atravessando o stress da IC19 porque tem que ficar em Lisboa a anunciar que vai fazer aquilo que antes achava um disparate (passa, pois, por um reles mentiroso) para depois vir um merdas mostrar que as coisas continuam como antes: crise ou não crise, falidos ou não, já que somos ministros, vamos é roubar como se não houvesse amanhã. 

Como estamos em Portugal, o senhor ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou hoje que na segunda-feira irá renunciar ao subsídio de alojamento, em virtude da polémica sobre o assunto. Ou seja, azar ter sido apanhado. 

Nero e uns fósforos  fazem mesmo muita falta.

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