Avançar para o conteúdo principal

a culpa é da EDP

De acordo com o Dr. João César das Neves, em texto escrito na Visão nº 879, sou uma Iluminada. No mar de insultos que pautam a minha vida diária, fiquei toda contente.
Sou alguém "que se acha dona da verdade" e que imponho "à sociedade passiva" (isto apesar de não ser deputada), inimiga do conceito de "família tradicional" (a palavra tradicional gosto de vê-la aplicada ao Natal e à cozinha portuguesa, tudo o resto levanto sobrolho - ainda que não tão bem como a minha amiga Tê) e isto porque fui favorável à aprovação da lei do casamento gay.
Se há pessoa que até podia ser indiferente ao conceito de família sou eu. Eu seria a minha própria família se não tivesse sentido na pele que "FAMILIA" é quem amamos e quem nos ama tal como somos e quem está lá quando é preciso.
A minha família ultrapassa o valor do sangue. São os meus padrinhos, a minha irmã que não o é de facto mas é como se tivesse sido gerada no mesmo ventre, o meu cunhado, a minha afilhada, o meu namorado e a sua família, os meus amigos, o meu sobrinho Pedro.
Ou seja, o meu conceito de família e amplo, unido, tolerante e de coração aberto. Dai que eu seja uma Iluminada, felizmente. Se fosse crente até era uma boa cristá.
Pelo contrário, este Sr. Neves, e outros como ele que declamam ódio recalcado mas não declarado (o "ódio" não é bem-visto na cultuta judaica-cristã), que só apregoam demagogia hipócrita.
Para um gajo tão inteligente, consta-se-me que eu de Economia não sou grande coisa, é muito poucachinho na luz. A EDP não o deve iluminar bem.
Talvez viver na idade das trevas, a Idade Media (para quem não conhece a História ou tenta escamoteá-la), aquela época em que a igreja dominava uma sociedade passiva, aprisionada nas avés marias ou com direito á ida á fogueira sem passar apela casa da partida, fosse para ele o caminho. Da luz.
Há quem não mereça a EDP que tem. Obrigada pelo bom serviço que me prestam. Sou uma Iluminada e com muito gosto!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun...

Devo ser a unica mulher

Que gosta do Mr. Big. Pois que gosto.  Enquanto a Carrie era uma tonta sempre à procura de validação e de "sinais", a complicar, a remoer, ser gaja portanto, o Mr. BIG imperfeito as may be era divertido, charmoso, sedutor, seguro (o possível dentro do género dos homens, claro), pragmático.  E sempre adorou aquela tresloucada acompanhada de outras gajas ainda mais gajas e mais loucas.  Fugiu no dia do casamento? Pois foi. Mas casaram, não casaram? Deu-lhe o closet e um diamante negro.  Eu gosto mesmo muito do Mr. BIG. Alguma vez o panhonhas classe media do Steve? Ou o careca judeu que andava nu em casa? Por Sta. Prada, naooooooooo! 

Da invasão

Amei-te assim que te quis. Senti-me presa a ti assim que soube que estavas na minha vida. Desejei-te todos os dias desde que me invadiste.  Soltaste-me a curiosidade.  O inesperado.  Enches-me de alegria. mesmo quando não sei o que fazer contigo, como agir, como ser o meu melhor; e ainda assim ilumino com a tua presença. Sou a mesma mas numa versão upgraded.  Esperei-te, queria-te. Há toda uma aventura que nos guia.