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Muito frente ou a história do costume

Há coisas na vidinha de cada um que a cada um diz respeito, seja famoso, conhecido, vagamente destacável na praça publica ou abençoadamente anónimo.

O caso da filha da Adelaide Ferreira choca-me não pela gravidez e pelo aborto, ainda que ilegal em terras de Vera Cruz (nem quero pensar que tenha sido opção ser lá vs. legal cá para fugir ao escândalo) mas pelo o quadro de misérias de parentalidade.

Uma miúda de 15 anos namora com um jovem adulto de 21 com quem, aparentemente, partilhava águas quentes e frias em Lisboa, e com quem foi de férias para o Brasil, para casa dos "sogros", desde Setembro.

Oi?

E a escola? E viver como se tivesse 15 anos? E os pais? E serem pais?

Já sei, não sou mãe, não tenho legitimidade.

Comentários

Mary disse…
Li a história há pouco e estava precisamente a escrever sobre este assunto... sendo que mal me saem as palavras, de tão estupefacta que estou. Como tu, não estou chocada com a gravidez ou com o aborto, mas sim com esta COISA que diz ser Mãe da rapariga. E que não só se alienou COMPLETAMENTE do seu papel de Mãe, como pôs a vida da filha em risco de forma consciente. Para depois vir dizer que foi ao Brasil "salvar a filha"?!

Realmente, dar à luz NADA tem a ver com ser Mãe.

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