Avançar para o conteúdo principal

superheróis

Gosto de ver filmes do Batman. Não que goste de super-heróis ou de banda desenhada mas de todos a unica personagem com a qual simpatizei foi com o Batman (pronto, sou fanzaça da Turma da Mónica mas já estamos no campo dos mitos icónicos!).

O Bruce/Batman é giro, inteligente, culto, sabe estar, cai bem, conquista mulheres que não usam/usaram Pandoras, tem uns carros catitas, mexe-se nas horas para a porrada e tem sempre, apesar do lado trágico que lhe marcou a vida, como fim ultimo o bem colectivo de Gotham City.

Não o move a vaidade pessoal, a adoração das boas gentes de Gotham, deslumbradas pelo efeito-morcego, a adulação que lhe faça inchar o ego de tal modo que ao ver-se no bat-espelho na sua bat-caverna se sinta irremediavelmente superior aos demais.

Ele é. Tem os recursos para dar luta. Tem o espirito para ir à luta. Não se acomoda
perante o status quo de vilania reinante e apesar de ser um privilegiado, não baixa os braços e incute nos seus concidadãos a mensagem que desistir perante uma situação adversa não é a melhor opção.

Não obstante, os seus actos não exibem arrogância, pretensiosismo ou jactância (admitamos que a fatiota e o bat-mobile são um nadinha exibicionistas mas vá!).

Bruce/Batman nunca se arma em Grande Lider do mundo ocidental, dono da razão e sabichão irritante só porque deu cabo dos cornos do maléfico Joker, olarilas. E não rebaixa ninguém só porque não andam pelas ruas no fato de latex negro, em boa condição fisica, a pontapear a adversidade com as mesmas armas que ele ou da mesma forma.

Bruce/Batman, multimilionário, podia ser um pedante sobranceiro. Não é.

Quem sou eu, mas se me fosse permitido, num assomo de arrojo, opinar numa optica construtiva, recomendaria aos (auto-perspectivados) Superheróis da blogosfera, cheios de si e de uma ideia de si mesmos como possuidores de uma energia unica e especial, que vissem os filmes do Batman.

É que ... menos, pá!, no discurso messiânico. Parecem saidinhos de uma convenção da Cientologia.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun