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Houston, we have a problem

Há dias em em que dá vontade de mandar o feminismo ali tomar um capilé e ser podre de boa, gira a valer e ter o ego do tamanho do buraco da divida da Madeira, única e exclusivamente porque se é podre de boa e porque qualquer trapinho cai bem e porque uma pessoa se sente... podre de boa.

Depois da ego-trip, uma gaja cai na real e depara-se com a realidade: honestamente falando, não entro em lojas porque não consigo comprar nada que me sirva excepto na CA XL ou afins (mental note: não voltar à Benetton do Campo Pequeno: a) não devolvem dinheiro em caso de troca e 45 minutos depois tive que entregar umas calças e trazer roupa de criança para oferecer; b) a variedade da loja é péssima face à do Chiado; c) bom ambiente para uma crise de choro subsequente).

E esta conversa toda porquê? 

Primeiro, e principalmente, porque assim, de repente... 

11.000 visitas. Oba! Oba! Oba!


Até se me passou a neura semi-crónica. Fiquei tão surpreendida que fiquei sem fala. Mais, uma vez, muito obrigada. O coraçãozinho até fez um ar comovido. Citando calão angolano, "bate bué"!

Em sequência, e desde que atingi os 5.000 pageviews, que digo que vou comemorar no Santini, coisa que NÃO se concretizou. Agora, apetecia-me mesmo celebrar! Percebem o dilema????

E isto encaixa directamente numa conversa nocturna doméstica que tivemos cá em casa (naqueles momentos de família em que se desliga a TV e fala-se, coisa estranha!). Por incrível que pareça, estávamos de acordo (medo............): as pessoas mais bonitas e atraentes têm, à partida, muitas mais oportunidades. Mesmo que as fontes de oportunidades, em 150 oportunidades, ao fim de 5 minutos, se tenham deparado com 148 flops, vão sempre manter a mesma lógica na atribuição de oportunidades. É algo inconsciente, vá (concedamos).

Entretanto, lá conseguimos discordar num ponto. O Moço insistia que os atraentes, só por tal, projectavam uma auto-estima que reforça as suas qualidades aos olhos dos demais. Tenho para mim que há muito boa gente bonita e desejável que é um poço de insegurança e não emanam uma atitude dominadora. O que não quer dizer que os demais não os percepcionem, por serem "belos", automaticamente como seguros de si. Mas essa é uma construção de outrem, não é uma caracteristica do receptor priveligiado de oportunidades. 

Conclusão: 

1) Não saberei o que será uma oportunidade nem que ela me cai em cima com uma mega "BANG".

2) Perante uma oportunidade, reconhecida como tal, antes que abra a boca, já levei com várias entradas a dois pés à Fernando Couto da categoria socialmente desenvolvida d' Os Atraentes (lei dos mais fortes, para citar o Moço a citar Darwin sobre o MEU falhanço). 

3) Como vou alambar-me ao Santini, mesmo sendo por razões que me deixam tão Happy, Happy? ☀



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