Avançar para o conteúdo principal

Conhecer o Cliente - manual para ciganos

Falta muita estratégia às ciganas que me abordam regularmente na Av. de Roma com intuitos iniciais de me vender contrafacção (olha a quem!), para rapidamente, e mal falam comigo, mudarem de ideias e predisporem-se a ajudar a livrar dos males que me afligem, sendo que padeço há muitooooooooo tempo, pelo que parece, do mal da inveja. 

Ora, não há melhor maneira de perder esta freguesa, que não acredita em nada que não seja racional, do que lhe apontar, mal de inveja. 

Inveja de quê, senhores? Da felicidade que emano? Da casa de 200m2 com piscina e vista para o mar? Da animada vida social acompanhada por um amor que me idolatra? Do rol infindável de amigos presentes e que se preocupam? Do corpo de arraso, bomba do areal, um bikinibody de babar? Da beleza estonteante? Do trato afável? Do bestseller que publiquei? 

Mais facilmente ganhavam a minha atenção  se oferecessem para solucionar a questão de como perder 30kgs e apagar as memórias do tempo de existência dos mesmos. 

Gente, têm que perceber o vosso cliente, caramba! Não é como se tivessem muito mais que fazer.

Comentários

Se calhar é alguma escanzelada anorética que te anda a deitar um olho "gordo" :D
Mónica disse…
Deve ser. Alguem deslumbrado com o meu proprio T3
Cailin disse…
ahahahah true story, são tão tolinhas! no porto ainda por cima abordam-te com a seguinte frase: Ó MORE!
Mónica disse…
Cailin, é para diferenciar da concorrência que nos trata tão amorosamente por "menina". Adoro isso no porto entre tanta outra coisa. :)

Mensagens populares deste blogue

I used to love it...

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Ally Mcbeal, biches!

Deve ser do calor. Certamente. Assim de repente, não estou a ver como se explica o meu nível de intolerância ASSASSINO.  É segunda feira, passei o fim de semana a dormir ao som da ventoinha, escapei-me à onda de calor entre muito sono e dores de cabeça, mas à segunda feira as coisas compõem-se, há um regresso da penumbra à civilização, e a coisa vai.  Mas há pessoas que me tiram do sério. Por muita boa vontade que eu possa querer ter, por muita compreensão que estes tempos estranhos nos exigem porque todos enfrentam momentos complexos nas suas esferas pessoais, por muito que entenda que o cabrão do Mercúrio está retrógrado, é pá, não dá. Há limites!  Há "gente" cuja soberba, vaidade, vontade de se mostrar e de se armar na puta da desgraçadinha da Cinderela me põe louca. Põem-se em bicos de pés para estarem sempre visíveis qual estrela de TV, rádio e revista  mas depois é tudo um drama, a quinta essência da vitima sofredora. Todo um  reality show ...