Avançar para o conteúdo principal

No, it's not!

Há momentos em que os nossos níveis de tolerância estão abaixo dos mínimos olímpicos. E não temos noção que devemos ter mais paciência ou ser mais compreensivos. É preciso levar um safanão para perceber que temos que desacelerar e ser mais ponderados na analise dos acontecimentos e racionalizá-los mais. 

Porém, até a paciência mais paciente tem limites. As pessoas arrogam-se a considerar que existem autoestradas desertas nas quais se pode exceder o limite de velocidade à vontade para dizer o que se quer e lhe aprouver sem quaisquer coima. Porque temos que aceitar todo e qualquer argumento ou posteriores pedidos de desculpa. 

Há coisas que não são desculpáveis pois não são acessos de frontalidade sobre uma questão ou duvida nossa, ou uma tentativa de nos chamar à razão ou uma diferença de pontos de vista. São sim momentos em que se professam ofensas. Em que se entra em campos minados, na esfera demasiado pessoal de cada um de modo invasivo e com todas as verdades assumidas como reais. 

E isso, pessoas, não é boa onda. 

Comentários

Unknown disse…
totalmente! há coisas que não temos de aturar e para as quais a paciência não resulta ...

Mensagens populares deste blogue

I used to love it...

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Ally Mcbeal, biches!

Deve ser do calor. Certamente. Assim de repente, não estou a ver como se explica o meu nível de intolerância ASSASSINO.  É segunda feira, passei o fim de semana a dormir ao som da ventoinha, escapei-me à onda de calor entre muito sono e dores de cabeça, mas à segunda feira as coisas compõem-se, há um regresso da penumbra à civilização, e a coisa vai.  Mas há pessoas que me tiram do sério. Por muita boa vontade que eu possa querer ter, por muita compreensão que estes tempos estranhos nos exigem porque todos enfrentam momentos complexos nas suas esferas pessoais, por muito que entenda que o cabrão do Mercúrio está retrógrado, é pá, não dá. Há limites!  Há "gente" cuja soberba, vaidade, vontade de se mostrar e de se armar na puta da desgraçadinha da Cinderela me põe louca. Põem-se em bicos de pés para estarem sempre visíveis qual estrela de TV, rádio e revista  mas depois é tudo um drama, a quinta essência da vitima sofredora. Todo um  reality show ...