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Odeio! Odeio! Odeio!

ODEIO ir ao dentista

Não são as dores, não é nenhuma espécie de crueldade. É a metodologia da coisa. 

Depois de anos a usar aparelhos, fiquei com a cremalheira sensível. E tenho os meniscos do disco articular todos lixados com "F" por causa de ranger os dentes a dormir. Acresce, a higienização

Começa logo mal. 

Os barulhinhos de todos aqueles instrumentos com ar assassino, dão-me cabo dos nervos. Na família, há pessoas que não conseguiam usar a máquina de costura porque entravam em colapso nervoso. A mim, dá-me o fanico com o barulho da broca. Pode nem sequer estar a magoar mas só o ruído ensurdecedor nos meus ouvidos, põe-me tensa e as costas totalmente rígidas.

Depois há o terrível hábito dos dentistas acharem que a minha boca é uma despensa de ferramentas e vá de lá ir pondo coisas. Algodão (uma vez engoli um, true story), aspirador, anilhas, broca, mais uns ferrinhos, mais o raio que os partam. É o desespero. Sinto-me a sufocar. E basta qualquer destas merdinhas tocar, nem que seja ao de leve, na garganta que começa a indução do vómito. Por esta altura, já transpiro que nem louca!

Mas se há coisa que me martiriza mesmo... é o metal. Eu nem sequer como com colheres que não sejam plástico porque detesto o sabor a ferro. Ora, ninguém ainda foi capaz de inventar 1 solução decente para que nos punham na boca coisas que NÃO SEJAM DE FERRO!!! 

Algum dentista disponível para o empreendedorismo? Sr. Maló? ALGUÉM????

A ida mais básica ao dentista transforma-se num longo momento de pânico. Saio de lá com dores de cabeça, dores nos ouvidos, dores nas costas e uma sensação de que estive a levar porrada durante horas.

Não gosto mesmo nada. 

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