Avançar para o conteúdo principal

O casamento do ano







Até eu, que ligo tanto a casamentos como a pescada frita, fiquei comovida com o bom aspecto da boda real britânica.

Londres, pelo que vi, via TV, estava resplandecente. É certo que aquelas pessoas não nos são nada. E àqueles espectadores, apenas são a sua monarquia tantas vezes posta em causa. Mas deixe-mo-nos de tretas. 

É a família real inglesa. É o "nosso" William que vimos crescer (nas revistas, é certo) e que se portou como um verdadeiro rei no enterro da diva sua mãe. 

É o casamento da Cinderela, a filha de plebeus café-água-laranjada transformados em milionários do catering infantil. Não tem sangue azul, mas é controlada, moderada, bonita de uma forma muito natural, e sagaz. Do poster no quarto, passou a ter o príncipe na cama. Patrocinado ou não pelos esforços da mãe de a colocar no caminho de William, ela conseguiu-o. 

A nova Duquesa de Cambridge traz na mochila aquilo que William quer: estabilidade e uma familia não disfuncional. Ele entretanto pode mudar de ideias e começar na rambóia costumeira dos seus antepassados (familiares e raça masculina, mesmo!) mas ele quer construir aquilo que a mãe não conseguiu.

Por isto tudo, é uma festa catita. E houve quem estivesse mesmo à altura da coisa (a noiva desde logo, que não precisava de mais nada, nem brincos sumptuosos, nem colares bling bling nem o que seja: estava perfeita, no seu estilo tradicional, simples e, mesmo assim, jovem!), mas outras que mais valia ficarem em casa de pantufas a atafolhar-se de gelado e de fato de treino.



Pippa Middleton, fabulosa, como madrinha. Simple is beautiful!

Zara Phillips, próxima da sua boda. Ao seu estilo... e muito bem!

The Beckhams: os saltos dos Loboutins matam-me... a mulher está grávida!!!! Tirando isso, ele está mhamm mhamm e a Posh Vic leva um vestido de um azul que me apela ao coração (muito escuro), elegante e que cai bem com a gravidez.

Caroline & Jame Middleton

Mega dieta. Nota positiva para o look, elegante mas sem ser presunçoso, e pelo ar feliz.

Grace Kelly style. Mas adoro a cor do conjunto. Dispensava o pançudinho do Alberto.

Detesto esta cor. O vestido não é feio, mas aquele pendente, o alfinete, é tudo tão "xaloizinho"

Vai comer mas é paella. Que coisa mas sem graça, mais mortiço, mais aborrecido. Esta moça tem problemas. E não é só comer alpista

Comentários

Anónimo disse…
Adoro o outfit da Zara, mas tens que ver o da mulher do Duque de Kent, um charme.
Já a Letizia estava um verdadeira pão sem ponta de sal, um horror! Tendo em conta que Portugal não tem família real, gostava de ter na Let uma fiel depositária da minha veia monárquica. Imagino uma figura que transmita salero e a espontaneidade ibérica... uma Máxima da Holanda.
e nesta boda a maior ausência do ponto de vista stylist é, sem dúvida, a Noor e a Rania da Jordânia

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun