Madrugada profunda. Chuva incessante com aquele som que desassossega. E as pernas que fraquejam na subida das escadas, a pressa em encontrar as chaves para fugir para o refúgio da casa vazia.
O corpo que estremece, quente ainda que absorto pela chuva que chega aos ossos. As mãos que despem um vestido, caras molhadas, cabelos que pingam e beijos sôfregos. Perdidos pela pressa, pela energia, pelo sucumbir iminente.
Era o preludio de uma noite em branco, esmagado pela chuvada sem parar.
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