Sabia qual era o enredo. A natureza da personagem que a rondava. O modo ágil, subtil, encerrado. Pouco afeiçoado mas sedutor.
Mesmo assim, optava por deixar-se sucumbir, a espaços. O palco era dele. Ela guiava as luzes em função da intensidade da cena.
Até que se exaustava. Erguia-se a estrela que havia no seu interior e assumia ela o monólogo. Não precisava de público a dar-lhe força. Não necessitava dele para dar-lhe a fala.
O texto era seu.
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